João
é um crente fervoroso – não propriamente um evangélico ou protestante, mas
crente no sentido de aquele que crê –, sincero e fiel. Um rigoroso cumpridor
das Escrituras, pelo menos é assim que ele se autodenomina. Todas as pessoas que
o conhecem julgam-no um ser humano equilibrado e em pleno exercício das suas faculdades
mentais.
Bom
filho, bom marido, bom pai, bom amigo... Trabalhador exemplar. Todos gostam do
João.
Certo
dia João recebe uma mensagem de Deus. A mensagem é uma ordem do Todo-poderoso para
ele matar um infiel, ou alguém que acha que Deus não existe, alguém que acha
que a crença em Deus é pura fantasia e, além disso, ridiculariza e zomba do
Senhor de todo o Universo.
João
tem certeza absoluta que foi Deus quem lhe falou e lhe deu tal ordem.
Veja
bem: João não é um louco, e tem plena convicção de que falou com Deus, ou
Deus falou com ele.
1 - Questione
a autoridade. Nenhuma ideia é verdadeira só porque alguém disse, inclusive eu.
2 - Pense por
si mesmo. Questione-se. Não acredite em nada só porque você quer. Acreditar em
algo não faz com que seja verdade.
3 - Teste
ideias pela prova obtida após observação e experiências. Se uma ideia preferida
não passar por um teste bem elaborado, está errada. Esqueça.
4 - Siga a
prova aonde quer que ela o leve. Se não houver prova, não julgue.
5 - E, talvez,
a regra mais importante de todas. Lembre-se, você pode estar errado. Até os
melhores cientistas já estiveram errados em algumas coisas. Newton, Einstein, e
todos os outros grandes cientistas da história, todos cometeram erros. Mas, é
claro, eles eram humanos.
A Ciência é
um jeito de não enganarmos a nós mesmos, e aos outros.
Se os cientistas
pecam? Claro. Já usamos mau a ciência, assim como qualquer outra ferramenta à
nossa disposição, e é por isso que não podemos deixá-la nas mãos de poucos poderosos.
Quanto mais a ciência pertencer a todos nós, menor a probabilidade de ser mal
utilizada.
Esses valores
abortam os valores do fanatismo e da ignorância, e, afinal, o universo é basicamente
escuro, com algumas ilhas de luz.
Por
Saulo Alves de Oliveira O
vídeo abaixo mostra a explosão da mais potente bomba já detonada pelos Estados
Unidos. Chamava-se Castle Bravo e foi detonada no atol de Bikini, Ilhas Marshall,
no Pacífico Sul, em 1954. A Castle Bravo tinha uma potência de 15 megatons,
equivalentes a 15 milhões de toneladas de dinamite. O cogumelo nuclear que subiu
aos céus, formado por uma mistura de fogo, fumaça e destroços atingiu uma
altura de cerca de 35 quilômetros. No
entanto, a Castle Bravo não foi a mais potente bomba nuclear detonada pelo ser
humano. O primeiro lugar cabe à bomba Tsar, detonada pela então União Soviética
em 1961. A Tsar tinha uma potência de aproximadamente 50 megatons, equivalentes
a 50 milhões de toneladas de dinamite, ou a 3.300 vezes a potência da bomba
atômica lançada pelos Estados Unidos em 1945 sobre a cidade japonesa de
Hiroshima. O cogumelo nuclear do pavoroso monstro Tsar alcançou a altura de 64
quilômetros, sete vezes a altura do monte Everest.
Eu
espero que alguns loucos, senhores deste mundo, não nos levem a um holocausto
nuclear. Os sinais não são nada animadores. Por dinheiro, pelo poder ou pela religião eles fazem qualquer coisa, inclusive matar, torturar e destruir. Ironia: talvez não haja vencedores numa
guerra nuclear.
Nesse
contexto, e se isso acontecer, eu tenho a impressão de que alguns cristãos
fundamentalistas sentirão um enorme prazer ao verem na televisão – se a sua
própria cidade não for o alvo – a suprema demonstração da estupidez humana, a
barbárie em seu mais alto grau, ou seja, a explosão de uma bomba nuclear,
preferencialmente lançada sobre uma das grandes cidades do mundo – Nova York,
Moscou, Pequim, Tel Aviv, Londres, Teerã –, sacrificando assim milhões de vidas
e infligindo ao planeta enorme destruição.
Atribuem
a Albert Einstein a seguinte frase: “Não sei como será a terceira guerra
mundial, mas sei como será a quarta: com pedras e paus”.
E
por que esse prazer mórbido?
Cumprimento
das Escrituras e, consequentemente, a iminente
volta de Jesus.
“E ouvireis falar de guerras e rumores de
guerras; olhai não vos perturbeis; porque é forçoso que assim aconteça; mas
ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e
reino contra reino; e haverá fomes e terremotos em vários lugares.”
Do
outro lado do quadro – mais uma demonstração da estupidez humana –, talvez
outros loucos levantem as mãos para os céus e exclamem: “Graças te dou, oh!
Pai, porque vejo o cumprimento da tua Palavra”.
Parece
que alguns lunáticos estão trabalhando intencionalmente para “apressar” o
cumprimento das terríveis profecias, pois só assim acontecerá, acreditam suas mentes doentias, o tão esperado
Segundo Advento.