quarta-feira, 4 de março de 2015

Dois filmes, duas mensagens

Por Saulo Alves de Oliveira

Recentemente assisti aos filmes “Corações de Ferro” e “A Teoria de Tudo”.

O primeiro, um filme de guerra cuja ação se passa no final da 2ª Guerra Mundial, mostra um grupo de soldados norte-americanos que lutam dentro do próprio território da Alemanha. Uma coluna de 5 ou 6 tanques, sob o comando de um sargento, interpretado pelo ator Brad Pitt, é enviada para garantir posições no front inimigo. Ao final, resta apenas um tanque, cuja resistência e poder de fogo são muito inferiores à capacidade dos tanques alemães.

Em “Corações de Ferro” o sargento, já embrutecido pelas guerras, tenta obrigar um novato que se agregou ao grupo a atirar na cabeça de um soldado alemão desarmado e já rendido. O jovem se recusa, entretanto, depois de forte discussão, e apesar dos apelos do soldado alemão, o sargento o executa friamente.

Talvez um aspecto positivo a realçar, em plena loucura da guerra, seja a amizade e a lealdade dos soldados a seu comandante, sobretudo no desfecho do filme.      

O filme mostra a que ponto chega a imbecilidade e a insensatez do ser humano: destruir o seu próprio semelhante e cometer atos que envergonham a nossa raça.

Assistindo a “Corações de Ferro” e tomando conhecimento das guerras e conflitos que acontecem atualmente eu chego a desanimar em relação ao futuro da humanidade. A gente fica pensando que os crápulas que governam grande parte do mundo vão nos levar ao extermínio.

E o pior: o fundamentalismo religioso e a intolerância religiosa têm uma grande parcela de responsabilidade no que diz respeito aos conflitos que acontecem hoje em todo o globo.

O segundo filme é um drama que conta a história de superação do físico inglês Stephen Hawking e de sua jovem esposa Jane Wilde. Hawking, ainda muito jovem, por volta dos 21 anos, foi acometido de uma doença degenerativa sem cura, que o deixou totalmente paralisado. Apesar da doença, seu cérebro funciona perfeitamente e ele é hoje, aos 73 anos, uma das mentes mais brilhantes de todo o mundo.

O filme mostra a força de vontade de um homem que, com a fundamental ajuda de sua esposa nos primeiros 26 anos da doença, e mesmo dependendo atualmente de outras pessoas para executar as mais simples atividades, se tornou um dos maiores cientistas da atualidade.

Assistindo a “A Teoria de Tudo” eu recobro um pouco o ânimo em relação ao futuro da humanidade. Por homens como Hawking a gente fica pensando que talvez os crápulas que governam grande parte do mundo não consigam nos levar ao extermínio.

Um detalhe: Stephen Hawking não crê em Deus.