terça-feira, 17 de março de 2015

Cada pessoa é um somatório de valores

Por Saulo Alves de Oliveira

Bom seria se o resultado fosse sempre positivo, mas nem sempre isso acontece.

Será que eu estou acima ou abaixo do zero? Pergunta intrigante para mim.

Cada ser humano é o resultado de um somatório de valores acumulados ao longo da sua vida. Esse resultado se expressa nas opiniões ou nas atitudes, que nem sempre coincidem com as nossas. E coincidir não é indispensável. Indispensável é o respeito.

Às vezes as opiniões são generalizações desrespeitosas ou acusações rancorosas e sem provas, sem importar se está ou não denegrindo a imagem de alguém.

Às vezes são xingamentos tão cretinos que ao invés de atingir o alvo terminam por revelar o canalha que está por trás da cafajestada. 

Às vezes são opiniões que repudiamos totalmente, porém cada um tem todo o direito de pensar e de se expressar de acordo com os seus valores e sua consciência.

Para alguns, a democracia é um bem a se preservar a qualquer custo. Outros, entretanto, não lhe dão o devido valor, como é o caso dos tais que propõem a volta da ditadura. Entre estes, muitos com largas fitas da hierarquia religiosa nos ombros. Prefiro não comentar como os vejo.  

A democracia é um bem tão precioso que até permite que pessoas a combatam e proponham sua eliminação. Por mais absurdo que possa parecer, isso é uma verdade. Só uma palavra os define: cretinos.

É muito fácil combater e criticar a democracia numa democracia. Difícil é combater e criticar a ditadura numa ditadura.

O que podemos fazer em relação a esse tipo de opinião? Tentar argumentar contrariamente. Da minha parte não há nada mais a fazer, pois não tenho vocação para lavador de cérebros. Não me compete convencer ninguém de coisa alguma. Gosto apenas de lançar temas e opiniões para reflexão.

É bom ouvir ou ler opiniões de pessoas sensatas e equilibradas, cujo somatório de valores é positivo. O contrário disso a gente só tem a lamentar.

Entretanto, há afirmações e perguntas tão idiotas, verdadeiras canalhices mesmo, que não vale a pena a gente perder tempo tentando respondê-las. 

quarta-feira, 4 de março de 2015

Dois filmes, duas mensagens

Por Saulo Alves de Oliveira

Recentemente assisti aos filmes “Corações de Ferro” e “A Teoria de Tudo”.

O primeiro, um filme de guerra cuja ação se passa no final da 2ª Guerra Mundial, mostra um grupo de soldados norte-americanos que lutam dentro do próprio território da Alemanha. Uma coluna de 5 ou 6 tanques, sob o comando de um sargento, interpretado pelo ator Brad Pitt, é enviada para garantir posições no front inimigo. Ao final, resta apenas um tanque, cuja resistência e poder de fogo são muito inferiores à capacidade dos tanques alemães.

Em “Corações de Ferro” o sargento, já embrutecido pelas guerras, tenta obrigar um novato que se agregou ao grupo a atirar na cabeça de um soldado alemão desarmado e já rendido. O jovem se recusa, entretanto, depois de forte discussão, e apesar dos apelos do soldado alemão, o sargento o executa friamente.

Talvez um aspecto positivo a realçar, em plena loucura da guerra, seja a amizade e a lealdade dos soldados a seu comandante, sobretudo no desfecho do filme.      

O filme mostra a que ponto chega a imbecilidade e a insensatez do ser humano: destruir o seu próprio semelhante e cometer atos que envergonham a nossa raça.

Assistindo a “Corações de Ferro” e tomando conhecimento das guerras e conflitos que acontecem atualmente eu chego a desanimar em relação ao futuro da humanidade. A gente fica pensando que os crápulas que governam grande parte do mundo vão nos levar ao extermínio.

E o pior: o fundamentalismo religioso e a intolerância religiosa têm uma grande parcela de responsabilidade no que diz respeito aos conflitos que acontecem hoje em todo o globo.

O segundo filme é um drama que conta a história de superação do físico inglês Stephen Hawking e de sua jovem esposa Jane Wilde. Hawking, ainda muito jovem, por volta dos 21 anos, foi acometido de uma doença degenerativa sem cura, que o deixou totalmente paralisado. Apesar da doença, seu cérebro funciona perfeitamente e ele é hoje, aos 73 anos, uma das mentes mais brilhantes de todo o mundo.

O filme mostra a força de vontade de um homem que, com a fundamental ajuda de sua esposa nos primeiros 26 anos da doença, e mesmo dependendo atualmente de outras pessoas para executar as mais simples atividades, se tornou um dos maiores cientistas da atualidade.

Assistindo a “A Teoria de Tudo” eu recobro um pouco o ânimo em relação ao futuro da humanidade. Por homens como Hawking a gente fica pensando que talvez os crápulas que governam grande parte do mundo não consigam nos levar ao extermínio.

Um detalhe: Stephen Hawking não crê em Deus.