O atentado contra o capitão,
candidato à Presidência da República, é inaceitável sob qualquer ponto de
vista, se é que foi real - o que é que os interesses externos não fariam pelos 10
trilhões de dólares do pré-sal, cerca de 40 trilhões de reais em valores de
hoje! Todavia, se o atentado foi real, não é assim que um povo civilizado resolve
suas diferenças.
O capitão é vítima, mas também é,
ao mesmo tempo, parte do problema.
Com frequência o indivíduo fala
em torturar, matar, fuzilar...
O resultado de palavras e frases de
efeito repetidas diversas vezes para uma manada de seguidores raivosos pode ser
gravíssimo.
Disse o capitão, candidato à
Presidência da República:
“O erro da ditadura foi torturar
e não matar”.
“Pinochet [ditador do Chile]
devia ter matado mais gente.”
“A PM devia ter matado 1.000 e
não 111 presos.”
O cidadão é a
favor da tortura e de matar, matar, matar... Tem um torturador como ídolo. Apesar
disso, muitos evangélicos e católicos o estão apoiando. Será que eles ainda
lembram que o seu Mestre foi barbaramente torturado e matado?
Eu realmente não
sei se a atitude deles é uma questão de incoerência ou é coerência mesmo. Se
for a primeira opção – isto é, não concordar, mas apoiar –, deve ser decorrente
de alguma dificuldade cognitiva. Se se tratar da segunda opção – concordar e
apoiar –, o problema é muito mais sério do que eu imagino, pois envolve
questões morais e a exteriorização da maldade intrínseca do ser humano, que
deve ser contida pelo estado civilizatório.
Talvez os seus eleitores
concordem com ele, inclusive pastores e padres que o estão enaltecendo porque
ele "respeita a Palavra de Deus e seus princípios". (sic)
É, parece que tais princípios são
matar, matar e matar, ao invés de “...Eu vim para que
tenham vida, e a tenham com abundância.”