terça-feira, 3 de abril de 2018

Coisa típica de neófito, ou seria de cruzado?

Por Saulo Alves de Oliveira

A atitude de Deltan Dallagnol ao afirmar que vai orar e jejuar pela prisão do Lula – algo implícito na sua afirmação –, além de hipócrita (Mt. 6.5,16), é típica de um neófito na fé cristã. Aquele novato que quer impressionar os demais parecendo mais santo do que as outras pessoas.

Eu já vi e convivi com vários crentes assim e já fui vítima de um desses principiantes da fé, que veio à minha casa para me exortar. Eu não o tratei mal, apenas o ouvi em silêncio. Acho que o silêncio, em alguns casos, é a melhor resposta, especialmente quando lidamos com religiosos novos tomados pelo fervor inicial e o consequente deslumbramento dos primeiros dias.

Evidentemente, não são todos os principiantes que agem dessa forma. Há muitos neófitos que sempre têm os pés no chão e a cabeça sobre o pescoço.

Por incrível que pareça, há veteranos que jamais deixaram de agir como neófitos. Se eu os conheço? Sim, e não poucos.

É lamentável que esse jovem promotor esteja à frente de tão importante tarefa, pois os prejuízos que ele e sua equipe, junto com o Sr. Moro, estão impondo ao Brasil, sob os olhos inertes das instâncias superiores, é de tal ordem que talvez eu não veja a sua completa reversão nos anos da minha vida. É como se um médico, para curar a doença, resolvesse matar o paciente. Um médico esquizofrênico, ressalte-se.

Também é coisa típica de cruzado. Libertar Jerusalém matando os “infiéis”. Infiéis na sua ótica, isto é, do cruzado.