domingo, 13 de dezembro de 2015

E por falar em judeus...

Por Saulo Alves de Oliveira

Algumas características físicas minhas já denunciam que muito em breve estarei entrando na terceira fase da vida humana. Todavia, apesar dos muitos cabelos brancos, há muitas coisas que eu ainda não compreendo. Uma delas diz respeito aos judeus.

Eu não tenho nada de específico contra os judeus. Não sou contra os judeus, só não os defendo incondicionalmente.

Também não os considero melhores do que outros povos somente pelo fato de existirem grandes personalidades de origem judaica que se destacam na ciência ou em outras áreas do conhecimento. E nem por sua origem. Aliás, o nascimento do povo de Israel assentou-se sobre uma grande e vergonhosa fraude. É lógico que os israelitas atuais não podem ser responsabilizados ou punidos por isso. Portanto, respeito-os tanto quanto respeito os africanos, os palestinos, os árabes, os meus irmãos brasileiros, os norte-americanos, os uruguaios, os alemães, os indianos, os chineses, os cubanos, etc.

Ah, e quanto ao quesito ingratidão, existe um povo mais ingrato do que os judeus em relação ao judeu Jesus?

Os judeus nem sequer reconhecem o Deus dos cristãos, isto é, a segunda pessoa da Trindade. Eles nem ao menos o consideram como filho de Deus. Não o reconhecem e nem dão o menor valor ao sacrifício de Jesus no Calvário. E nem por isso eu lhes faço qualquer restrição. Isso não interfere em nada em minha relação pessoal com qualquer judeu, quer tenha sangue israelita quer seja um prosélito. Cada um segue a religião que lhe convém, que lhe agrada, que lhe satisfaz, que preenche os seus anseios.

Os judeus também não reconhecem o Novo Testamento como “Palavra de Deus”.

Entretanto, os cristãos, notadamente os evangélicos, têm uma predileção tão especial pelos judeus que beira as raias do absurdo, como se os judeus fossem o suprassumo ou a quinta-essência da civilização humana, uns intocáveis. Parece que muitos evangélicos têm maior afinidade com os judeus do que com os seus próprios compatriotas.

Parece também que para muitos cristãos há os judeus e o resto do mundo, literalmente o “resto”. Resto no sentido de retirar todas as partes importantes de um todo deixando apenas o que é de categoria inferior ou imprestável. Eu tenho a impressão de que para muitos cristãos os judeus podem fazer o que quiserem, pois os judeus não erram (sic).

Ah, e quanto a utilizar a Bíblia para estabelecer ou defender certos privilégios para os judeus, eis a minha opinião:

Não se pode utilizar a Bíblia hebraica – a Tanakh – ou a Bíblia cristã para resolver os problemas do mundo, nem mesmo do Oriente Médio, e por uma razão muito simples. A Bíblia não é unanimidade para todos os povos da Terra. Nem todos a aceitam como A Palavra de Deus.

Queiramos ou não, concordemos ou não, a Bíblia não é uma unanimidade em todo o mundo, e com um agravante: nem os próprios cristãos se entendem quanto a sua interpretação, para não falar dos judeus que descartam todo o Novo Testamento.