sábado, 21 de março de 2020

Estado laico? SIM!

Por Saulo Alves de Oliveira

Pregação e oração se faz em casa ou no Templo;

Missa se faz em casa ou na Matriz;

Passe se faz em casa ou no Centro;

Incorporação se faz em casa ou no Terreiro;

Leitura da Torá se faz em casa ou na Sinagoga;

Salat (nome que se dá às cinco orações diárias) se faz em casa ou na Mesquita.

O Estado brasileiro, as repartições federais, estaduais e municipais e as escolas públicas não são locais para práticas religiosas.

O Brasil é um país laico, portanto quem estabelece o que o cidadão brasileiro pode ou não fazer é a Constituição e as demais leis.

Não é a Bíblia.

Não é o Catecismo.

Não é o Evangelho Segundo o Espiritismo.

Não é a Tanakh.

Não é o Alcorão.

Os ensinamentos dos livros sagrados ou religiosos devem ser vistos como obrigações pessoais e de foro íntimo e jamais devem ser impostos a todos os cidadãos.

Por que é tão difícil para os fiéis dos diversos credos entenderem esse aspecto tão importante da vida nacional?

Porque, convencidos de que são possuidores da única e verdadeira fé, sentem-se na obrigação de levá-la aos outros a qualquer custo, comprazendo-se inclusive em transformar o Estado e suas instituições em agente de doutrinação, posto que, argumentam eles, somente assim a Nação receberá o beneplácito dos Céus.

segunda-feira, 16 de março de 2020

O inseticida e a barata

Por Saulo Alves de Oliveira

Eu não tenho medo de baratas, mas tenho pavor de ser tocado por esses seres que estão em nosso planeta há muito mais tempo que nós humanos. Tais insetos já estavam na Terra quando nossa espécie chegou por aqui. As baratas já perambulavam entre os dinossauros há cerca de 200 milhões de anos.

Eventualmente aparecem baratas na minha casa. Não sei exatamente de onde elas vêm. Algumas chegam voando ou, em sua maior parte, rastejando. Sempre que isso acontece eu sou chamado a travar a "batalha" contra as baratas.

Eu não costumo esmagá-las contra o chão, sob o sapato ou sandália. Eu sempre uso duas estratégias: jogo-as contra a parede – evidentemente eu não pego o inseto com as mãos, eu uso uma sandália ou uma vassoura para arremessá-lo contra a parede - ou, na maioria das vezes, borrifo inseticida sobre nossas velhas “companheiras”. Alguns minutos depois vejo-as inertes com as patas para cima.

Após a “terrível batalha" eu sempre guardo o pulverizador, a latinha com o inseticida, em um armário. Imagine que um dia eu esqueça a "arma" no chão de casa.

Qual não seria a minha surpresa se ao chegar em casa eu encontrasse um grupo de baratas ao redor do pulverizador, com inseticida, fazendo reverência, curvando-se ante seu algoz, e chamando-o de... m*, m*, m*!

Ah! Deixa pra lá. Acho que até aqui está bom.