domingo, 6 de abril de 2014

Sem meu Pai

No dia dezenove de março passado completei mais uma volta ao redor da esplendorosa estrela que “nasce” todas as manhãs e se “vai” ao final do dia num espetacular crepúsculo.

Mais uma volta que se acrescentou às outras cinquenta e sete já completadas.

Foi o meu primeiro aniversário sem Sebastião Alves, meu velho e querido Pai.

Por que a vida tem de ser assim?

Por que as pessoas que nós amamos vão embora e não voltam nunca mais?

Nesse mesmo dia, ano passado, ele esteve aqui na minha casa, disse o tradicional “meus parabéns meu filho”, me deu um abraço e um beijo, e uma pequena lembrança.

Depois, nos sentamos na varanda e conversamos alegremente.

Ele nos contou coisas que nunca havia falado antes.

Foi a última vez que me visitou.

Nunca mais meu velho e querido Pai me dirá “meus parabéns meu filho”.

Jamais o verei sentado na varanda da minha casa.

Será que não era suficiente Maria Carlos, minha Mãe, ter ido embora em 2006?

O que me resta?

A saudade.

E conformar-me, pois esta é a vida real.

Saulo Alves de Oliveira