No dia dezenove de março passado completei mais uma volta ao
redor da esplendorosa estrela que “nasce” todas as manhãs e se “vai” ao final
do dia num espetacular crepúsculo.
Mais uma volta que se acrescentou às outras cinquenta e sete
já completadas.
Foi o meu primeiro aniversário sem Sebastião Alves, meu velho
e querido Pai.
Por que a vida tem de ser assim?
Por que as pessoas que nós amamos vão embora e não voltam
nunca mais?
Nesse mesmo dia, ano passado, ele esteve aqui na minha casa, disse o
tradicional “meus parabéns meu filho”, me deu um abraço e um beijo, e uma
pequena lembrança.
Depois, nos sentamos na varanda e conversamos alegremente.
Ele nos contou coisas que nunca havia falado antes.
Foi a última vez que me visitou.
Nunca mais meu velho e querido Pai me dirá “meus parabéns
meu filho”.
Jamais o verei sentado na varanda da minha casa.
Será que não era suficiente Maria Carlos, minha Mãe, ter ido embora em 2006?
O que me resta?
A saudade.
E conformar-me, pois esta é a vida real.
Saulo Alves de Oliveira