terça-feira, 26 de julho de 2022

Eu atiro pra matar mesmo...

Por Saulo Alves de Oliveira

“E se entrar um cara em casa e eu sentir que ameaça, que a minha família está sendo ameaçada, é [um tiro] no meio dos olhos, o primeiro... Eu atiro pra matar mesmo, não é na perna não.”

Na sua opinião, de quem são essas palavras? Dentre as alternativas abaixo, qual delas você assinalaria?

1)    Policial

2)    Traficante

3)    Pastor

4)    Mito

5)    Padre

6)    Colecionador de armas

Se você escolheu “Pastor”, por mais incrível que pareça, você acertou.

Se você pensou que essa é a opinião de um filho do mal que todos nós conhecemos de muito tempo, está totalmente enganado. Essa é a opinião de um filho de Deus. (sic)

Trata-se de um dos mais conhecidos líderes evangélicos no Brasil. É nas mãos de homens como esse senhor que está uma grande parte das igrejas evangélicas brasileiras. A Igreja caminhará para onde? Será que ainda há recuperação para grande parte das igrejas evangélicas brasileiras? Ou Lutero precisará voltar? Talvez isso explique o enorme apoio da maioria dos evangélicos ao filho do mal que se instalou no mais alto monte.

Se você ainda duvida click aqui e ouça com os seus próprios ouvidos de ouvir. (sic)

Lamentavelmente, às vezes uma pessoa que nos parece defender princípios altruístas ou espirituais elevados pode, por outro lado, defender ideias totalmente dissociadas da não violência e da compaixão. Infelizmente, o momento político nacional e as ações e ideias de muitos cristãos, sobretudo líderes, entre os quais alguns que em algum momento até me serviram de exemplo e inspiração – “serviram”, ressalto – me leva forçosa e tristemente a essa conclusão.

É claro que eu não sou contra o princípio da legítima defesa. Entretanto, acho que a legítima defesa não tem nada a ver com as palavras do referido filho de Deus. (sic)

Sei que esse simples comentário não muda absolutamente nada. É apenas um desabafo pessoal.

Felizmente eu descobri há muito tempo que era hora de partir.