sábado, 16 de novembro de 2013

Divagando sobre livre arbítrio e predestinação

Dois aspectos muito complicados da fé cristã, no meu ponto de vista. Livre arbítrio e predestinação.

Há pessoas que defendem, com base na Bíblia, a doutrina do livre arbítrio. Outros, também com base na Bíblia, defendem a doutrina da predestinação. E ainda há aqueles que afirmam que as duas doutrinas estão de igual modo contidas na Bíblia. Eu julgo tal fato algo muito complicado, visto que as duas doutrinas são conflitantes e mutuamente excludentes. Portanto, ou uma está errada ou as duas estão erradas.

Eu pessoalmente prefiro aceitar o livre arbítrio, pois assim cada pessoa é responsável pelas suas escolhas e pelas consequências dessas escolhas.

Julgo a doutrina da predestinação uma das coisas mais terríveis e sem sentido que eu já ouvi falar, pois ela ensina que Deus escolheu, previamente, pela sua soberania, antes de todas as coisas, aquelas pessoas que vão ser condenadas e as que serão salvas. Como não deve satisfação a ninguém, Deus escolheu, muito antes das pessoas existirem, aqueles que serão condenados para todo o sempre.

Deus, para ser Deus, em toda sua grandeza e onipotência, não precisava fazer a Terra nem tampouco trazer à existência o ser humano. De repente, Ele decide: vou fazer uns “vermezinhos” e destiná-los ao tormento eterno. Para mim isso se chama indignidade, sadismo ou desvio de caráter. 
  
Qualquer pessoa civilizada e de cultura apenas razoável sabe que isso é algo absurdo e tremendamente injusto. Deus criar seres, que não têm a liberdade de escolha, isto é, se querem vir ou não ao mundo, e destiná-los à condenação eterna.

Confesso que tenho uma enorme dificuldade de ter qualquer relacionamento com um deus assim.

Saulo Alves de Oliveira