segunda-feira, 18 de setembro de 2017

É sempre assim...

Por Saulo Alves de Oliveira

Todo aquele que está do lado do povo, sobretudo dos mais pobres, é combatido e, às vezes, eliminado pelas elites dominantes. Isso acontece há milhares de anos. Teve um que foi assassinado há muito tempo, acho que há cerca de dois mil anos. E o pior: tais elites convencem parte do povo, dentre os mais pobres, a se colocar do seu lado. Lembro agora dos capitães do mato que perseguiam seus iguais negros e ficavam do lado da Casa Grande.

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Lampejo sobre fanatismo religioso (2)

Por Saulo Alves de Oliveira

Eu tenho a impressão de que alguns fanáticos religiosos vibrarão de alegria ao tomarem conhecimento de que os líderes loucos dos Estados Unidos e da Coreia do Norte dispararam suas armas nucleares um contra o outro.

E sabe por quê?

“Ora, quando estas coisas começarem a acontecer... a vossa redenção está próxima.” Lucas 21:28.

sábado, 9 de setembro de 2017

Silas Malafaia ou Caio Fábio?

Quem entrará no céu?

Por Saulo Alves de Oliveira

Eu vi recentemente dois vídeos, um com o Silas Malafaia e outro com o Caio Fábio. Como passava da meia-noite, eu já estava na cama e navegava com o celular.

Aí eu fiquei imaginando qual seria a reação dos dois ao chegarem no céu.

Assim eu pensava. Tenho a impressão de que ambos não aceitarão a presença do outro lá.

Os dois entram? .

Silas entra e Caio não?

Caio entra e Silas não?

Os dois não entram?

Qual é a resposta a todas essas perguntas? Sinceramente, não sei.

Já pensou se os dois chegarem na porta do céu ao mesmo tempo!

Com esses pensamentos, de repente me vejo em um ambiente muito claro e amplo. Parece uma enorme sala de recepção. As paredes e o teto são feitos de um material transparente que foge à minha compreensão. Olho para cima, não vejo estrelas, só a imensidão; olho para os lados, nada de plantas ou construções, só a imensidão. No entanto eu sei que o ambiente tem limites. Mais à frente, uma grande e bela porta chama a atenção. A porta está fechada. Parece de madeira, mas eu sei que não é madeira. É de um material totalmente diferente do que eu já tinha visto antes. Ao seu lado, uma grande mesa do mesmo material da porta.    

De repente a porta se abre e de lá sai um ser diferente de todos os que eu já vi, acho que é um anjo. Estimo sua altura em cerca de dois metros. Em uma de suas mãos há um objeto que não consigo identificar de imediato. Quatro outros seres, com a mesma aparência, acompanham aquele que parece ser o chefe. O anjo chefe se posiciona atrás da mesa e os outros quatro ficam mais atrás, dois de cada lado. O anjo põe o objeto sobre a mesa e então percebo que é um livro. O anjo abre o livro e começa a passar suas páginas.

Na grande sala, vindas de todas as partes do mundo, já há várias pessoas aguardando a chamada do anjo. O anjo procura no livro os nomes dos felizardos que serão convidados a entrar no céu.

Os dois senhores estão no meio do grupo, porém ainda não se viram.

Nesse momento a voz suave do anjo ecoa em todo o ambiente, como se viesse de vários alto-falantes, mas não há alto-falantes nem microfone. E eu não entendo o mistério. Começa a chamada. Glória, João, Maria, Sebastião... E os dois, ansiosos, aguardam ouvir os seus nomes.

Repentinamente, ouve-se, mais atrás, o barulho de alguém que vibra de felicidade ao escutar seu nome. Os dois movimentam suas cabeças na direção do alvoroço para ver quem é o felizardo. Nesse exato momento, eles se veem. Os dois cruzam os olhares abruptamente e dizem ao mesmo tempo: Você aqui? Não é possível!

Surpresa total.

Sabe quando nós encontramos alguém em determinado local e temos em mente que tal pessoa jamais deveria estar ali? Essa foi a reação de ambos.

Continua a chamada. Joana, Pedro, Paulo, Francisca...

De repente, ouço o anjo chamar “Vovô, Vovô”. Pergunto-me: quem é esse que tem o nome Vovô?

Ao abrir os olhos vejo minha neta ao lado da minha cama. “Ouvi um barulho estranho na janela do meu quarto”.

Qual deles o anjo chamou? Os dois? Não sei. Eu não estava mais lá.

Quem ouvirá as palavras: Vinde, benditos de meu Pai...?  

Quem ouvirá as palavras: Apartai-vos de mim, malditos...?

Eu tenho a impressão de que ou os dois não ouvirão as primeiras palavras ou apenas um ouvirá as primeiras palavras.

Todavia, se ambos ouvirem as primeiras palavras, eu acho que os dois não aceitarão ficar juntos no mesmo local.

sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Crimes de guerra contra Hiroshima e Nagasaki

Por Saulo Alves de Oliveira

No dia 6 de agosto de 1945, portanto há 72 anos, os Estados Unidos lançaram uma bomba atômica sobre a cidade japonesa de Hiroshima. Três dias depois, em 9 de agosto, o governo dos Estados Unidos reincidiu no mesmo crime: lançou outra bomba atômica sobre o Japão. Desta feita, o alvo foi a cidade japonesa de Nagasaki. Milhares de seres humanos morreram instantaneamente e, nos dias que se seguiram aos lançamentos, dezenas de milhares também morreram.

Seres humanos que acreditavam no "Príncipe da Paz" – Harry Truman, presidente dos Estados Unidos, era um cristão batista – jogaram as duas primeiras, e até agora únicas, bombas atômicas sobre duas cidades repletas de outros seres humanos, seus semelhantes. Há cálculos que estimam o número de mortos entre 200 mil e 250 mil pessoas.

É uma ironia ou não?

Servos do “Príncipe da Paz”, aquele famoso pregador que disse “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”, fizeram muitas pessoas evaporarem, literalmente, em um instante, sob o intenso calor provocado pelas explosões dos artefatos atômicos. Milhares de moradores foram carbonizados. De outros, os olhos lhes saltaram das órbitas e as carnes derreteram sobre seus ossos. Nos anos seguintes, milhares que não estavam no centro das explosões morreram de câncer provocado pela radiação nuclear. Realmente foram ações dignas de filhos da luz (sic). Esperem um pouco! Da luz ou das trevas? Somente os filhos de Satã são capazes de perpetrar crimes tão infames.   

Há quem tenta minimizar os crimes cometidos pelo exército do Tio Sam afirmando que “os Estados Unidos estavam no seu canto e foram agredidos sem razão pelos japoneses, que bombardearam de surpresa a base norte-americana de Pearl Harbor”. No ataque japonês cerca de 2.403 pessoas foram mortas e 1.178 ficaram feridas. 

Pergunto a você: se o Brasil fosse agredido pela Argentina ou Venezuela, por exemplo, você apoiaria que o governo brasileiro – se o nosso país tivesse armas atômicas ou nucleares – lançasse uma bomba no centro de Buenos Aires ou Caracas?

(É uma pena que alguns maus brasileiros, canalhas mesmo, sabe-se lá com qual intenção, que governaram o Brasil há alguns anos, fizeram o nosso País abrir mão da tecnologia das armas nucleares. Não que devêssemos possuí-las para agredir outros países, mas para dissuadir qualquer tentativa de invasão do nosso território por qualquer potência militar com o intuito de se apoderar das nossas riquezas naturais, especialmente no que tange ao comportamento covarde dos Estrados Unidos que são useiros e vezeiros na arte de agredir ou invadir países que não podem se defender frente à sua poderosíssima máquina de guerra.)     

Confesso-lhes que me assusta o fato de alguns que se dizem cristãos (sic) não qualificarem os atos cometidos pelo governo norte-americano no final da 2ª Guerra Mundial como crimes hediondos. Sinceramente, não sei porque isso ainda me surpreende. Será que ser cristão é condição “sine qua non” para ter um espírito benevolente e pacífico? Confesso-lhes que a cada dia aumentam as minhas dúvidas a esse respeito. Já estou no limiar de desacreditar totalmente.

Não foram ataques específicos a navios e aviões de guerra, ou a bases navais ou aéreas japonesas, ou mesmo a instalações militares de um modo geral. Não foram ataques a fábricas ou depósitos de armas, tampouco a centrais de comunicação do Japão. Os Estados Unidos jogaram duas bombas atômicas em duas cidades japonesas repletas de civis, isto é, homens, mulheres e crianças. Dezenas de milhares de pessoas inocentes morreram em segundos ou minutos, e também nos dias que se seguiram aos ataques, chegando a centenas de milhares de mortos.

Não entendo como pessoas que certamente se julgam filhos de Deus e herdeiros dos céus não têm essa percepção. Para mim é extremamente decepcionante, a ponto de um certo desânimo envolver o meu espírito em relação ao ser humano. Foi por isso que há dias eu escrevi um texto dizendo que “A humanidade não deu certo”.

Se o mundo fosse menos imperfeito ou se eventualmente os Estados Unidos não tivessem ganhado a guerra, com certeza o presidente Harry Truman, que autorizou os ataques, e os seus generais teriam sido julgados por crimes contra a humanidade, pois foi exatamente isso o que eles cometeram.

As atitudes de Harry Truman, dos seus generais e dos pilotos dos aviões que executaram as ordens são igualmente imperdoáveis.