quarta-feira, 30 de março de 2016

Hoje eu não tenho a quem recorrer

Por Saulo Alves de Oliveira

Primeiro eles transgrediram a lei para prender meu inimigo e eu vibrei.

Outro dia eles distorceram a lei para condenar um desconhecido e eu achei normal.

Dias depois meu vizinho foi algemado e preso, sem provas, e eu perguntei: como isso é possível? Algo está errado.

Ontem meu filho foi levado pela polícia e condenado pela “justiça” por um crime que ele não cometeu e eu exclamei: isso é uma injustiça!

Hoje a polícia invadiu minha casa para me prender e eu perguntei: por que estou sendo preso? Uma voz de farda vinda da porta exclamou: “Porque você chamou de injustiça a ‘justiça’ contra seu filho”.

E eu não tenho a quem recorrer.

quinta-feira, 10 de março de 2016

Eis a verdade nua e crua

Eu não sou profeta, porém, um ano antes das últimas eleições, eu previ: a direita não vai querer engolir uma quarta derrota consecutiva e tudo vai fazer para desestabilizar o País. Previsão confirmada.

E, como ela sabe que, no voto, não vencerá as próximas eleições, quer dar o golpe. Só assim eles poderão chegar ao poder novamente. Para isso a alcateia já está solta e já tem um lobo alfa como chefe – um bom estrategista –, que veio, talvez, de onde ninguém esperava.

Vivo e livre não há páreo para o Lula nas próximas eleições. Então só há três formas de impedi-lo de vencer: matá-lo, prendê-lo ou interditá-lo sob qualquer pretexto, nem que seja atropelando as leis do País, como fizeram o Sr. Moro, o MPF e a PF na última sexta-feira.

E aqui vai um recado para o Lula: muito cuidado, esteja sempre cercado de amigos e reforce sua segurança, pois o sr. aécio e sua turma, inconformados com a derrota, fizeram brotar o que há de pior no ser humano, o ódio e o rancor. Em alguns casos em pessoas que, aparentemente, são pessoas do bem. E um desses lobos mais afoitos poderá, num gesto tresloucado, chegar ao clímax da maldade.

Fique certo de uma coisa: a grande mídia – é aquela mesmo, você sabe qual é – e suas hostes encontrarão uma forma de justificar ou reverter a responsabilidade.