Hoje eu
almocei um pouco tarde, por volta das duas da tarde. Depois me deitei um pouco, porém acho que não dormi profundamente. Talvez só uns pequenos cochilos me
visitaram.
Em certo
momento me lembrei de algumas pessoas que já se foram. Também pensei em outras
que, se se cumprir o que denominamos ciclo normal da natureza, irão antes de
mim. No entanto, posso estar totalmente enganado, pois já vi essa inversão em diversas
ocasiões.
Pensei em
como, às vezes, alguns de nós somos tão ingratos. Talvez seja melhor utilizar a
palavra insensíveis. Ou seria duros de coração? Eu não deixo de me incluir
nesse rol.
Existem
pessoas que não tem nenhum laço consanguíneo conosco, porém são pessoas que de
alguma forma fizeram ou fazem parte da nossa vida. E esses seres humanos, pela
idade já bastante avançada, estão vivendo provavelmente seus últimos anos ou
meses ou, quem sabe, dias de vida na Terra. E alguns de nós não temos a sensibilidade
de ao menos fazer-lhes uma rápida visita ou mesmo uma simples ligação telefônica
para perguntar: “Fulano, como você está? Está precisando de alguma coisa?” Às
vezes basta só isso para que o outro não se sinta esquecido.
Passam-se
meses, anos, e só em ocasiões muito especiais nós encontramos aquela pessoa.
Um dia,
de forma implacável, e totalmente indiferente à tristeza de quem fica, a
natureza cumpre seu trabalho. “Fulano” vai embora para nunca mais voltar.
Alguns,
depois sentem remorsos pela indiferença. Mas, de que adianta remorsos? Talvez
só para acalmar um pouco a consciência pesada. Outros, nem remorsos sentem.
No futuro,
se vivermos ainda muitos anos, talvez o “Fulano” seja eu ou você. Aí saberemos com certeza, e na prática, o
significado da palavra indiferença.
Em
24/05/2013
Saulo
Alves de Oliveira
isto é mesmo verdade, SAULO,eu tambem sei que é assim. Me lembro tanto dos amigos que deixei pra tras,gostaria de ve-los como estão. E os lugares para os quais a gente nunca volta.TENHO MUITAS SAUDADES dos amigos que fiz pelo caminho.Na verdade a vida é como uma viagem de trem ,eu fiz um poema assim ,vou ver depois.Um grande abraço.
ResponderExcluirMuito obrigado, caro professor Calebe. Mando lembranças para sua mãe.
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