sábado, 25 de fevereiro de 2017

Mais empatia e... zero mentiras

Por Saulo Alves de Oliveira

É de causar assombro a quantidade de pessoas que publicam ou compartilham notícias falsas nas redes sociais. O indivíduo não tem o menor escrúpulo ao publicar uma notícia falsa contra alguém que ele não gosta.

Vejam o nível de consciência moral de certas pessoas. Um conhecido meu disse que apenas repassa a notícia e não cabe a ele checar a sua veracidade. E o pior: quando se questiona, há aqueles que se sentem ofendidos e alguns vão mais além. Em algumas situações, já fui bloqueado, ou excluído, do rol de “amigos” em uma rede social.    

Parece que estamos vivendo realmente em um mundo desprovido de sentimentos elevados, como compaixão e empatia, e onde o que interessa mesmo é denegrir a imagem dos desafetos. É a lei do tudo vale para prejudicar alguém. A pessoa não tem o menor interesse em checar se a fonte é de confiança e se a notícia é realmente verdadeira. A regra é: denigre a imagem do meu “inimigo”, publique-se! Às favas todos os escrúpulos! Para onde caminhamos?

Existe algo que todos nós precisamos ter, chama-se empatia, que é a capacidade de alguém se colocar no lugar do outro. É procurar sentir a dor e o sofrimento de outra pessoa como se estivesse vivenciando uma situação idêntica. 

Em determinada situação de conflito ou agressão que atinge outrem – qualquer que seja a agressão –, como eu me sentiria se estivesse no seu lugar? Esta é uma pergunta que todos nós precisamos responder com sinceridade. 

Empatia é mais ou menos o que Paulo, o apóstolo, disse: “Alegrai-vos com os que se alegram; chorai com os que choram”.

Talvez melhor sejam as palavras de Jesus: “Assim como quereis que os outros vos façam, do mesmo modo lhes fazei vós também”.

Se todos entendêssemos o verdadeiro significado de empatia certamente não seriam divulgadas tantas mentiras nas redes sociais ou nos demais meios de comunicação. Eu soube que tem gente ganhando muito dinheiro com páginas que divulgam mentiras na internet. 

Não se mata uma pessoa apenas com revólveres e facas. Mata-se também com a língua, com uma caneta ou, trazendo à modernidade, com um computador e a internet. 

Todos sabemos que muitas doenças têm origem psicossomática. Calúnias, mentiras, injustiças, perseguições, ridicularização, acusações sem provas ou falsas notícias, divulgadas sem o menor escrúpulo, são capazes de deprimir a alma humana e provocar doenças, e doenças matam o corpo.

Portanto, nunca é demais lembrar: “Mais empatia e zero mentiras”.