sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Jesus e a figueira

Existem cerca de 755 espécies de figueira em todo o mundo. De rasteiras a trepadeiras, de arbustos a árvores. As figueiras nascem em todos os continentes, exceto na Antártica. A única espécie que produz figos comestíveis é a “Ficus carica” ou figueira-comum, que atinge em média 8 metros de altura, podendo alcançar até 10 metros.

É muito provável que a árvore citada em Mc. 11.12-14, Mc. 11.20-25 e Mt. 21.18-22 fosse uma figueira “Ficus carica”.

Há alguns aspectos relacionados à vida de Jesus que sempre me intrigaram. Um deles é justamente a história da figueira sem frutos mencionada nos textos cujas referências estão acima.

Naquela ocasião Jesus teve fome e procurou figos em uma figueira. Como não os encontrou, lançou uma maldição sobre a árvore e esta secou completamente.

O mais impressionante é que a figueira não tinha frutos porque não era a época de produzi-los, conforme “determinava” a própria natureza. Não era sua culpa, pois não estava na estação dos figos. E Jesus com certeza o sabia.   

Interessante é que em Mateus está registrado que a figueira secou imediatamente. Já o escritor de Marcos afirma que os discípulos só perceberam que a figueira tinha secado no dia seguinte. 

Ao invés de amaldiçoar a figueira, por que Ele não ordenou que a árvore produzisse frutos naquele instante, os quais alimentariam a si próprio e a seus discípulos?

Também teria evitado eliminar um ser vivo que, se não tinha frutos, não era por que tinha cometido algum “pecado” ou devido a uma doença qualquer, mas simplesmente por que não era o tempo próprio, a estação dos figos.   

Essa outra atitude, isto é, fazer a árvore produzir frutos, não teria sido algo mais compatível com sua missão e com seu caráter benigno? 

Saulo Alves de Oliveira