Existem cerca de 755 espécies de figueira em todo o mundo. De rasteiras a trepadeiras, de arbustos a árvores. As
figueiras nascem em todos os continentes, exceto na Antártica. A única espécie
que produz figos comestíveis é a “Ficus carica” ou figueira-comum, que atinge em média 8 metros
de altura, podendo alcançar até 10 metros.
É muito provável que a árvore
citada em Mc. 11.12-14, Mc. 11.20-25 e Mt. 21.18-22 fosse uma figueira “Ficus carica”.
Há alguns aspectos relacionados à
vida de Jesus que sempre me intrigaram. Um deles é justamente a história da
figueira sem frutos mencionada nos textos cujas referências estão acima.
Naquela ocasião Jesus teve fome e
procurou figos em uma figueira. Como não os encontrou, lançou uma maldição sobre
a árvore e esta secou completamente.
O mais impressionante é que a
figueira não tinha frutos porque não era a época de produzi-los, conforme
“determinava” a própria natureza. Não era sua culpa, pois não estava na estação
dos figos. E Jesus com certeza o sabia.
Interessante é que em Mateus está
registrado que a figueira secou imediatamente. Já o escritor de Marcos afirma
que os discípulos só perceberam que a figueira tinha secado no dia
seguinte.
Ao invés de amaldiçoar a
figueira, por que Ele não ordenou que a árvore produzisse frutos naquele
instante, os quais alimentariam a si próprio e a seus discípulos?
Também teria evitado eliminar um
ser vivo que, se não tinha frutos, não era por que tinha cometido algum
“pecado” ou devido a uma doença qualquer, mas simplesmente por que não era o
tempo próprio, a estação dos figos.
Essa outra atitude, isto é, fazer
a árvore produzir frutos, não teria sido algo mais compatível com sua missão e
com seu caráter benigno?
Saulo Alves de Oliveira