Sofreu muito durante alguns anos.
Inclusive teve toda a mama
retirada, ou seja, foi mutilada em algo que é tão importante para qualquer
mulher.
(É fundamental ressaltar o
aspecto da mutilação ante a possibilidade do “milagre”).
Fez quimioterapia e, durante muito
tempo, tomou uma medicação preventiva.
Hoje, tudo indica, está curada.
Não sei se ainda tem
acompanhamento médico.
É provável que sim.
Para ela e pra muita gente
ocorreu um “milagre”.
Na realidade, a mulher conta a
história como um grande “milagre” de Deus.
Apesar de todos os recursos da
medicina disponíveis nos dias atuais, o câncer ainda é uma doença assustadora,
portanto é até compreensível que pense assim quem a enfrentou.
Entretanto, quando se toma
conhecimento de todos os detalhes, verifica-se que ocorreu um rigoroso e longo
tratamento médico, que, nesse caso específico, felizmente foi capaz de debelar
o câncer.
Ela não ficou em casa
simplesmente aguardando pelos céus.
Houve realmente algum “milagre”, na
acepção restrita do termo, ou apenas os recursos da medicina foram capazes de
curar a doença?
Quando não há “milagre” as
pessoas dizem: “Ah, o fruto estava maduro” ou “Ela não teve fé suficiente” ou “Não
era a vontade de Deus curar”, e por aí vão as desculpas.
Infelizmente, apesar de todos os
avanços atuais, nossa medicina ainda é muito limitada e em muitos casos os
pacientes não obtêm o mesmo êxito.
Minha própria mãe e minha sogra morreram
de câncer, mesmo achando que não morreriam dessa terrível doença.
Mas a medicina já é capaz de
feitos extraordinários.
Exemplo: um mal que atingia
muitas crianças no passado, a paralisia infantil, hoje é evitado com a
aplicação de uma simples vacina antipólio.
Não é um “milagre”, é apenas uma
fantástica descoberta da medicina como tantas outras.
Quanto ao caso citado, não há
como não perguntar:
a) Quem curou a mulher? Deus ou
a medicina?
b) Se ela não tivesse se submetido a um rigoroso tratamento
médico, estaria viva ainda hoje?
Não precisa me responder.
Responda a si próprio.
Saulo Alves de Oliveira
se Deus não tive-se dado sabedoria ao homem ele não seria nada pois não existe criatura sem criador.
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