Como diz um certo ditado, mais ou
menos popular: me inclua fora dessa.
No dia 15 de fevereiro passado um
meteoro proporcionou um grande espetáculo – ao mesmo tempo belo e assustador – ao
cruzar os céus da Rússia, mais precisamente na cidade de Chelyabinsk, na região
dos montes Urais. O objeto entrou em combustão devido ao forte atrito com o ar atmosférico e provocou um enorme clarão. Segundo
a agência espacial americana Nasa, o meteoro tinha cerca de 17 metros
de diâmetro e deveria pesar cerca de 10 mil
toneladas quando entrou na atmosfera da Terra a uma velocidade de 64 mil
quilômetros por hora.
No mesmo dia, um asteroide com
cerca de 45 metros
de diâmetro, pesando aproximadamente 130 mil toneladas, passou perto da Terra.
Segundo as agências espaciais, o objeto passou a cerca de 27 mil quilômetros do
nosso planeta, distância muito menor do que a distância que separa a “nossa”
Lua da Terra, ou seja, 380 mil
quilômetros. Em sua visita, o “viajante dos céus” esteve mais próximo do que muitos
satélites artificiais, de comunicações, que orbitam a Terra a 35 mil
quilômetros.
O asteroide foi descoberto em fevereiro de 2012 por astrônomos do observatório
espacial de Sagra, na Espanha, e cumpriu exatamente a trajetória prevista pelos
cientistas. Já o meteoro, por ser muito pequeno, não foi detectado previamente.
Chegou de surpresa, causando um susto enorme e muitos prejuízos materiais, e, o
pior, deixando mais de 1200 feridos.
-- Meteorito encontrado em 1784 no município de Monte Santo, sertão da Bahia - Peso: pouco mais de 5 toneladas -- |
Entretanto, qual a diferença entre asteroide e meteoro?
O que é um meteorito?
O que é um cometa?
Talvez algumas pessoas ainda não
saibam qual a diferença entre esses objetos celestes. Portanto, tentarei apresentar
uma breve explicação do que são esses “viajantes dos céus”. Dirijo-me,
obviamente, aos leigos e não aos especialistas ou pessoas com mediano conhecimento
de astronomia.
Cometas
São objetos celestes feitos,
principalmente, de gelo e quantidades menores de material rochoso e orgânico.[1]
Os cometas também orbitam o Sol,
mas têm órbitas muito maiores do que as dos asteroides. Alguns têm órbitas
regulares, mas outros são vistos apenas uma vez.[3]
Quando aquecidos, ao se aproximarem
do Sol, o gelo se evapora, formando as longas e encantadoras caudas sopradas
para o exterior pelo vento solar e pela pressão da luz solar.[1]
Portanto, os cometas são “bolas
de gelo sujo”, com tamanhos que não devem exceder algumas dezenas de quilômetros, que evaporam ao se
aproximarem do Sol.[2]
Um dos cometas mais famosos é o Halley. Ele foi identificado como cometa periódico em 1696 por Edmond Halley. Aproximadamente a cada 76 anos, o cometa Halley cumpre uma volta em torno do Sol.[3]
O primeiro registro de sua aparição data de 240 a.C.
A última visita ocorreu em 1986 e
sua próxima aparição está prevista para 29 de julho de 2061.[3]
Asteroides
São objetos rochosos ou
metálicos, alguns são ricos em matéria orgânica. Nenhum tem mais que mil
quilômetros de extensão. São encontrados, principalmente, entre as órbitas de
Marte e Júpiter, numa região conhecida como Cinturão de Asteroides. São
destroços que a gravidade de Júpiter impediu que se juntassem para formar um
novo planeta por ocasião da formação do sistema solar.[1]
Os asteroides do cinturão ficam
geralmente em casa.
Entretanto, as órbitas de muitos deles cruzam a da Terra. E,
mais cedo ou mais tarde, devem atingir a Terra – o que terá consequências
devastadoras.[1]
Talvez o asteroide mais comentado
pela ciência seja o que atingiu a Terra há 65 mihões de anos, que teria sido o
responsável pelo desaparecimento dos dinossauros, animais que dominaram o planeta durante cerca de 160 milhões de anos.
Segundo os cientistas, o asteroide
tinha cerca de 10
quilômetros de diâmetro e atingiu a Terra na península
de Yucatán, no hoje México. A avassaladora força de destruição do impacto foi
equivalente a um milhão de vezes a energia de qualquer bomba atômica testada.[4]
Meteoros
São pequenos pedaços de rocha ou
de metal, com alguns metros de diâmetro, que penetram na atmosfera da Terra a
grandes velocidades e se desintegram totalmente ao entrar em combustão devido ao
forte atrito com o ar. Os meteoros são aqueles objetos celestes popularmente conhecidos
como “estrelas cadentes”, pois deixam um rastro luminoso ao se deslocarem, em
chamas, no céu.
Meteoritos
Quando um meteoro não se
desintegra totalmente e seus pedaços atingem o solo, dá-se a esses pedaços o
nome de meteoritos.
Pois é, meus amigos, esses são os
“viajantes dos céus”, alguns deles com um potencial de destruição enorme, capaz
de aniquilar a vida em nosso querido planeta e, quem sabe, destruir a própria
Terra, o único lar que conhecemos neste vasto Universo.
Saulo Alves de Oliveira
Referências:
[1] Carl Sagan, Pálido Ponto Azul
[2] http://www.1minutoastronomia.org/07.html
[3] http://noticias.terra.com.br/educacao/voce-sabia/qual-a-diferenca-entre-asteroide-cometa-meteoro-e-meteorito,c008c087e60ea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html
[4] http://www.estadao.com.br/noticias/geral,meteoro-extinguiu-mesmo-dinossauros-diz-maior-estudo-sobre-o-tema,519614,0.htm
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