Por
Saulo Alves de Oliveira
Se
os ricos e a classe média alta votaram no capitão e o apoiam, me parece, até
certo ponto, natural.
Até
certo ponto porque mesmo pessoas abastadas, mas que reconhecem a sua condição
humana e têm alguma bondade em suas almas – será possível? –, têm alguma afinidade
com as questões sociais e alguma preocupação com o sofrimento humano.
Aqueles
que, todavia, têm os mesmos objetivos mesquinhos do capitão se identificam com a sua pregação de desprezo pelas causas populares. São
os que moram em Miami ou sonham em se mudar para lá.
O
que me incomoda e entristece é saber que muitos pobres votaram e ainda apoiam
um indivíduo que não tem nada a ver com os pobres.
Quantas
vezes se ouviu o capitão falar em acabar com a fome e com a pobreza? Nenhuma.
Quantas
vezes se ouviu o tal senhor falar em melhorar as condições de vida do povo e
aumentar os salários dos trabalhadores? Nenhuma.
Ao
contrário disso, ele afirmou recentemente que não há fome no Brasil.
A
imagem que me vem à mente é daquele condenado, injustamente, que está com a
corda no pescoço e, quase sem fôlego, diz para o seu algoz: “Aperte um
pouquinho mais pois eu ainda posso respirar e não perdi os sentidos”.
Quem
sabe os sociólogos, psicólogos ou antropólogos, ou mesmo os psiquiatras, tenham
uma boa explicação.
Quanto
a este metido a escriba, como minha formação é totalmente diferente, fico aqui
com as minhas reflexões tentando entender.
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