O
presidente dos Estados Unidos, Sr. Donald Trump – considerado por muitos como um
autêntico (sic) cristão –, que nesta Terra da Santa Cruz serve de inspiração
para vários crentes e é tão decantado
por diversos pastores evangélicos brasileiros, inclusive da grande Natal e
cercanias, defende uma técnica de tortura conhecida, em inglês, como "waterboarding".
(Por que será que há tanto ódio no mundo – especialmente no terceiro mundo – aos Estados Unidos? Será inveja da sua grandeza econômica, tecnológica, científica ou da sua supremacia militar? Ou haveria uma outra explicação?)
“O
waterboarding é uma técnica de interrogatório que simula a sensação de
afogamento. A
pessoa é amarrada a uma cadeira [com o encosto no chão] ou prancha inclinada,
com a cabeça para baixo e um pedaço de pano dentro da boca. O interrogador
despeja água no rosto dela e a sensação é de que os pulmões estão se enchendo
de água.” (1)
“Na
entrevista à ABC News, Trump disse que queria ‘manter o país seguro’. —
Perguntei a pessoas do mais alto escalão dos serviços de inteligência:
'Funciona? A tortura funciona?' E a resposta foi: 'Sim, com certeza'." (1)
Todavia
isso é quase nada diante de outras histórias chocantes do tempo do V.T. Israel,
não cristão, mas também um servo do verdadeiro Deus, trucidava homens,
mulheres, velhos, crianças, inclusive de peito, e animais nas suas guerras de conquista. Hoje, entretanto, ao lerem a Bíblia, parece que
nada chama atenção de muitas pessoas quando se deparam com aquelas histórias
repletas de tanta violência e crueldade. Eu confesso-lhes que ao lê-las ou
relembrá-las sempre sou tomado por um certo desconforto espiritual.
Percebe-se
também que, por serem histórias bíblicas, cuja violência foi ordenada por Deus
e executada por Israel, tudo se justifica e, portanto, muitos crentes se tornam
insensíveis a tanto derramamento de sangue. Aliás, é usual apresentarem um
arsenal teológica de explicações para justificar tais crimes bárbaros. Eu fico
imaginando: se os personagens dessas histórias fossem outros, o que tais
pessoas diriam?
Portanto,
diante de tudo isso, o que é um afogamentozinho de um terrorista, não é mesmo?
Ah,
desculpem. Eu tinha esquecido algo muito importante. O senhor Trump ama e
abençoa Israel. Então está tudo bem. Se ama e abençoa Israel, não importa o
caráter moral do desequilibrado, que poderá levar o mundo a uma hecatombe nuclear. Mas
aí também não tem problema algum. Ele estará apenas dando cumprimento às
profecias bíblicas.
Sendo
assim, muitos crentes vibrarão de alegria quando virem o cogumelo nuclear subir
até a atmosfera, matando milhões e milhões de seres humanos sobre a Terra.
Também nenhum crente estará entre os milhões incinerados instantaneamente! O
que você acha? Somente os ímpios serão transformados em vapor escaldante.
Certamente os salvos, os escolhidos, verão as imagens apenas pela TV e darão
muitas glórias a Deus pelo cumprimento das Escrituras. Quem sabe verão a
destruição da Terra de longe, lá do alto, subindo aos céus. Não é algo que deve
causar uma enorme satisfação? Contudo, eu não penso assim. E você?
Voltando
ao "waterboarding". Deve ser por isso que o presidente em exercício
do Brasil se identifica tanto com o Sr. Trump e parece querer subordinar os
interesses da nossa Pátria aos interesses dos Estados Unidos. E coincidentemente
ambos apoiam a tortura. “Eu sou favorável a tortura. Tu sabes disso”. Você sabe
quem fez essa afirmação!
Ah,
o nosso presidente em exercício também ama e abençoa Israel. Então essa questão
da tortura não tem a menor importância, muito menos o sacrifício que os
trabalhadores sofrerão em seu governo. Ele vai até transferir a embaixada do
Brasil para Jerusalém, numa afronta direta aos palestinos e ao povo árabe.
Então está tudo bem. Tudo é perdoado.
Um
conhecido pastor disse assim: “Bolsonaro é ‘instrumento de Deus’ para a mudança
de rumos do País!” Um outro, por incrível que pareça, afirmou: “Bolsonaro
Presidente, pela volta ao Prumo da Verdade de Deus”. Na realidade, não há nem
motivo para perdão, porquanto ele está fazendo o que é certo. Você concorda? Quanto
às afirmações dos pastores, me são motivo de vergonha.
Detalhe:
trabalhador tem mesmo é que perder seus direitos trabalhistas e se aproximar do
trabalho informal, pois como disse o capitão: “O trabalhador terá que escolher
entre mais direito e menos emprego, ou menos direito e mais emprego”.
(1) https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38755507
(1) https://www.bbc.com/portuguese/internacional-38755507
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