Parece que nenhuma coisa nem outra.
Para algumas pessoas Albert
Einstein foi o maior cientista que já habitou este planeta. Para outros, só
comparável a Sir Isaac Newton, o inglês que no século 17 descobriu a física dos
movimentos dos corpos terrestres e celestes, isto é, a famosa Lei da Gravitação
Universal. Há quem julgue Newton o maior de todos os cientistas. Todavia, não
importa essa comparação. O que realmente importa é que Einstein foi um dos
maiores gênios da humanidade de todos os tempos.
Suas descobertas inspiraram a
fantástica Teoria do Big Bang, a grande “explosão” primordial que deu origem a
tudo o que vemos hoje.
Einstein fez outra descoberta
fantástica, a de que o tempo não é um fenômeno absoluto, como definia Newton,
mas uma grandeza relativa, isto é, o tempo passa de forma diferente para
referenciais diferentes. Mas isso só é perceptível para velocidades muito
grandes, próximas à velocidade da luz – 300 mil quilômetros por segundo.
Imagine que você entre em uma
nave e faça uma viagem deslocando-se a uma velocidade próxima à velocidade da
luz em relação à Terra. Algum tempo depois, ao retornar à Terra, você
encontrará seus amigos e parentes bem mais velhos do que você. Dentro da nave
tudo se passou como se você estivesse em sua casa e você não percebeu nenhuma
alteração em seu relógio. Dependendo da velocidade da nave, é possível calcular
quantos anos eles estarão mais velhos na sua chegada. Quanto maior a
velocidade, maior será a diferença de idade entre você e todos os que
permaneceram na Terra. E isso já foi provado que é verdade. Mas vamos ficar por
aqui, pois a Teoria da Relatividade de Albert Einstein não é um assunto de
muito fácil compreensão para leigos, entre os quais eu me incluo.
Algumas pessoas citam o exemplo
de Albert Einstein, um dos maiores cientistas de todos os tempos – se não o
maior –, incluindo-o no rol dos cientistas crentes, ou melhor, que creem em Deus. Dizem que ele
não era ateu. Talvez não o fosse, mas com certeza não cria em Deus como creem
os cristãos. Se ele cria em Deus, era em um Deus que em nada interfere no destino dos
homens e da criação.
Estas palavras são suas e eu as
transcrevo do livro “Como vejo o mundo”, 6ª edição. Tire você suas próprias conclusões.
Em outro trecho interessante ele tenta explicar como, em sua visão, as religiões surgiram:“Não posso imaginar um Deus a recompensar e a castigar o objeto de sua criação. Não posso fazer ideia de um ser que sobreviva à morte do corpo. Se semelhantes ideias germinam em um espírito, para mim é ele um fraco, medroso e estupidamente egoísta.”“A condição dos homens seria lastimável se tivessem de ser domados pelo medo do castigo ou pela esperança de uma recompensa depois da morte”.“O espírito científico, fortemente armado com seu método, não existe sem a religiosidade cósmica. Ela se distingue da crença das multidões ingênuas que consideram Deus um Ser de quem esperam benignidade e do qual temem o castigo – uma espécie de sentimento exaltado da mesma natureza que os laços do filho com o pai –, um ser com quem também estabelecem relações pessoais, por respeitosas que sejam”.
“Descubro logo que as raízes da ideia e da experiência religiosa se revelam múltiplas. No primitivo, por exemplo, o temor suscita representações religiosas para atenuar a angústia da fome, o medo das feras, das doenças e da morte. Neste momento da história da vida, a compreensão das relações causais mostra-se limitada e o espírito humano tem de inventar seres mais ou menos à sua imagem. Transfere para a vontade e o poder deles as experiências dolorosas e trágicas de seu destino. Acredita mesmo poder obter sentimentos propícios desses seres pela realização de ritos ou de sacrifícios. Porque a memória das gerações passadas lhe faz crer no poder propiciatório do rito para alcançar as boas graças de seres que ele próprio criou”.
Veja ainda o que ele disse em
outra ocasião:
“Com respeito a Deus, não posso aceitar nenhum conceito baseado na autoridade da Igreja. Desde que me lembro de mim mesmo, sempre me ressenti da doutrinação em massa. Não acredito no medo da vida, no medo da morte ou na fé cega. Não posso provar-lhe que não existe um Deus pessoal, mas, se lhe falasse dele, estaria mentindo. Não creio no Deus da teologia, que recompensa o bem e castiga o mal. Meu Deus cria leis que se encarregam disso. Seu Universo não é regido por ideias em que se deseja acreditar, mas por leis imutáveis.” Do livro “Einstein e a religião”, de Max Jammer.
Talvez Albert Einstein fosse um deísta,
isto é, aquele que crê numa Causa Primordial, que deu “corda” na máquina e
criou leis que a regem, mas a partir daí não interfere em seu funcionamento.
Agora que Albert Einstein não era
um teísta, não há dúvida alguma.
Saulo Alves de Oliveira
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